A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade na última terça-feira (30) a redução da jornada máxima semanal de trabalho e aumento na remuneração de horas extras de 50% para 75%.
A proposta de emenda à constituição (PEC) é de autoria do então deputado, hoje senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), elaborada no ano de 1995. Antes de torna-se lei a proposta precisa ser aprovada em segundo turno na câmara e também ser aprovada pelo senado.Nos últimos anos sindicalistas colheram milhares de assinaturas favoráveis à redução da jornada semanal de trabalho. A maioria dos empresários brasileiros são contra a proposta e acreditam que a medida aumentará o custo final dos produtos, afetando diretamente os consumidores.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE) a redução não trará prejuizos, ao contrário, os funcionários trabalharam menos, sem redução salarial, terão mais tempo para cuidar da saúde, dedicar-se a familia e consequentemente produzirão com mais qualidade.
Em muitos países desenvolvidos as jornadadas de trabalho começaram a serem reduzidas na década de 80, exemplos: França, Espanha, Alemanha e outros. Em todas nações ocorreram protestos e descontentamento por parte dos empregadores, porém, pesquisas mostraram que em todos os casos as consequências foram positivas, aumentaram as vagas de emprego e também a produção.
Atualmente a Alemanha tem jornadada de trabalho de 36 horas e França 35.
Foto: http://www.portalctb.org.br/
